segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Livros da nossa biblioteca

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   Na penumbra da casa, ao sol nas margens do rio, junto aos barcos, à sombra do bosque, à sombra das figueiras, cresceu Siddartha, o belo filho bdo brâmane, o jovem falcão, na companhia de de Govinda, o seu amigo, o filho do brâmane. O sol queimava os seus ombros claros nas margens do rio, durante o banho, durante as abluções sagradas, durante os sacrifícios sagrados. As sombras do mangal corriam pelos seus olhos negros durante as brincadeiras infantis, durante as canções de sua mãe, durante os sacrifícios sagrados, durante os ensinamentos de seu pai, o erudito, durante o discurso dos sábios. Havia já muito tempo que Siddartha participava nas conversas com os sábios, que treivava com Govinda a retórica, que treinava com Govinda a arte da contemplação, a prática da meditação. Já sabia pronunciar silenciosamente o Om, a palvara das palavras; deixava-o penetrar silenciosamente em si com a inspiração, exalava-o silenciosamente com a expiração, com a totalidade da sua alma, a fronte envolta no brilho do espírito lúcido.
Siddartha
de Herman Hesse

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