quinta-feira, 18 de julho de 2013

Leituras ao sol

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   Este livro partiu de duas ideias: em primeiro lugar, da minha convicção de que cada vez mais olhamos sem ver e ouvimos sem escutar. Depois, da minha crença de que o futuro da família está na transmissão trangeracional da sua história, tornada presente pelos testemunhos dos avós, agora ainda mais importantes perante a crise dos pais e da sua vida conjugal.
   A sociedade actual não favorece a pesquisa nem a reflexão. Vivemos tão depressa que uma investigação sobre a arqueologia da família parece condenada à partida. No entanto, são os jovens que nos fazem perguntas sobre o passado e que procuram, junto dos avós e de outros familiares mais velhos, as respostas que não estão logo ao seu alcance. Quando contactamos com uma criança que vive numa instituição e que, por essa razão, desde há muito está privada de um meio familiar estável, somos surpreendidos pelas perguntas acerca da sua família. Quando evitamos as respostas (por não termos dados ou por receio de traumatizar) as perguntas não acabam. Podemos mesmo dizer que quanto maior é a dúvida sobre o passado, mais perguntas surgem a questionar o presente.
A Razão dos Avós
Daniel Sampaio 
 

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