Ninguém gosta de mim
Hoje está um dia de sol brilhante…
Mas o meu coração continua tão negro…
Sinto um nó na garganta e um vazio no
estômago.
O pai voltou a bater-me com aquele
cinto pesado
A mãe não ligou…nunca liga.
Mais uma vez, não percebi porquê…
Se calhar fiz asneira e não percebi,
sou burro…
Se calhar foi o dia que não lhes
correu bem…
Se calhar foi a crise, a maldita
crise…
Não sei, mais uma vez, não sei…
Estou sozinho, muito sozinho!
A mãe do meu amigo tem sempre um
sorriso tão doce,
O pai costuma levá-lo ao futebol.
Os meus pais estão sempre zangados e
esquecem-se de mim…
Umas vezes sou invisível, outras vezes
sou o culpado de todo o mal.
Sinto-me perdido, tão perdido…
Tenho medo, muito medo!
Eu só queria um sorriso,
Um abraço apertadinho,
Um “gosto de ti”…
Mas eu sou feio, muito feio
E ninguém gosta de mim…
Vou ficar aqui quietinho, caladinho,
Pode ser que hoje não se lembrem de
mim…
Vou esperar que amanhã o dia corra
melhor,
Pode ser que a crise vá embora,
Pode ser que eu fique bonito e inteligente,
Pode ser que os sorrisos voltem,
Pode ser que um dia gostem de mim…
Diogo Martins de
Carvalho
8ºE
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