O medo de pôr os pés em casa crescia cada vez mais, o
receio de que a mãe continuasse a castigá-la sem motivo aparente, apenas porque
lhe apetecia e se sentir bem vendo alguém sofrer às suas mãos. O pai também não
era brando com ela, e nem sequer a protegia da fúria da mãe, chegando inferiorizar a sua filha, abusando
sexualmente dela.
Em casa a sua vida era um verdadeiro pesadelo, feito de
gritos, gemidos e choros intermináveis.
A dor que ela sentia era demasiada para uma pessoa só
aguentar e encarar a vida com um sorriso.
A casa era o sítio que ela mais temia, embora nunca
conseguisse escapar à dor, e estar em paz para consigo própria.
A ideia de que "ela não valia nada" reinava
cada vez mais em seu pensamento.
A palavra "denuncia" atormentava-a, mas
tornava-se cada vez mais na única saída possível.
Tiago Pacheco 8/A
João Nuno 8/A
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