- Sire! Olhai!
O pequeno grupo da cavaleiros acabava de abandonar a Floresta do Vale. Aproximava-se das margens de um grande lago, chamado Lago de Diana, cuja superfície imóvel, com a claridade da Lua e das estrelas, brilhava como mercúrio. Com o barulho dos cascos das montadas, os animais nocturnos tinham-se calado. Reinava um silêncio extraordinário, ouvindo-se apenas a respiração dos cavalos e o ruído, assobiando através dos ramos das árvores, de um vento revoltoso e fresco. O rei Bran de Benoic, que galopava à cabeça do cortejo, refreou a montada.
Hoël, o seu escudeiro, estendeu-lhe o braço, apontando, para lá das copas das árvores, uma grande auréola avermelhada que afogueva o céu.
Era ainda muito cedo para que a aurora se anunciasse. O rei Bran compreendeu imediatamente o que se passava, mas começou por se recusar a acreditar.
Graal - O Cavaleiro Sem Nome
de Christian de Montella
Sem comentários:
Enviar um comentário